Se tem algo que merece atenção na decoração de ambientes é a escolha certa das cores. Elas fazem toda a diferença e o ideal, apesar dos conceitos gerais que já fazem parte do senso comum, é que essa missão seja comandada por profissionais experientes e que atendam à personalidade dos proprietários e à proposta dos espaços em questão.

De acordo com Leticia e Flavia Abaurre, da Abaurre Arquitetura, a regra geral é não seguir regras gerais. “Quando fazemos o estudo das cores em nossos projetos, apostamos no vale tudo para termos resultados personalizados, com a cara dos nossos clientes, e atendendo às necessidades e aos desejos específicos deles”, explica.

Para evitar cair nas armadilhas do uso das cores da moda, muitas vezes pedidas pelos clientes, tendo assim logo um ambiente cansativo e com aspecto de antigo, as Abaurre investem na criação de projetos personalizados, com briefings bem detalhados. “Primeiramente ouvimos os sonhos do cliente para depois tentarmos satisfazê-los com as cores adequadas para cada espaço”, comenta Flavia Abaurre.

De forma genérica, algumas orientações sobre as cores são bem-vindas. Cores suaves como azuis acalmam e aconchegam, enquanto os amarelos estimulam e os vermelhos aquecem. Ambientes mais alegres e descolados ficam bem com tons vibrantes. Já o cinza é perfeito para compor estilos clássicos e arrojados. Mas se a necessidade é ampliar ou reduzir espaços, as cores certas também podem ajudar. Em geral, as suaves ampliam e as fortes reduzem, mas tudo depende de onde são aplicadas, se na parede, no teto, no chão ou em móveis.

Vale lembrar, contudo, que a avaliação do ambiente como um todo é que será decisiva para a definição da aplicação das paletas de cores, pois outras variáveis, como a altura do pé direito e o tamanho dos espaços em questão, influenciam nessas especificações. O apoio de um profissional de arquitetura e decoração, portanto, será muito útil nessa hora.